sábado, 28 de junho de 2008

C.F.A. II


Um começo pra mim sempre é imprevisível, mas o final... - Ah! No final eu sempre Caio (nos dois sentidos da palavra).


"Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), há então uma morte anormal." Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Improvável?




Hoje me ocorreu um fato estranho. Enquanto pegava um livro na ultima prateleira do meu quarto uma caixa cheia de cartões caiu lá de cima. Nisso não há nada de graça, mas o impressionante é que a caixa virou e caiu apenas um papelzinho dobrado – um rascunho, na verdade. Nele havia um texto que eu devo ter escrito há um dois meses atrás, e tinha vergonha de postar por um motivo qualquer. Depois do acontecido resolvi publicar o texto, mesmo não fazendo mais sentido algum na minha vida.
Aí está:


Em fim escrevo, por que não sou descartável. Todavia, lhe escrevo hoje pra dizer que por mais voltas que esse velho mundo dê, eu encontro em ti minha metade perdida.
Em fim lhe escrevo, não para dizer ‘eu te amo’, mas sim para dizer que sem você aqui não há um eu inteiro.
Quando nos apertamos, assim - um contra o outro - nos completamos. Formamos um eu dotados de amor, de respeito, carinho, doação...
Teu mar me é sempre acolhedor, tuas mãos sempre protetoras, é por isso que lhe escrevo.
Por mais vazio que esteja o fundo desse poço, por mais estradas que haja entre mim e ti, meu coração se transporta para junto de você. Às vezes me ocorre de imaginar um manual divino que tenhas de mim. Não me convenço com a possibilidade de você adivinhar assim todos os meus anseios.
Hei anjo, o meu amor por ti é tão complexo, tão bonito em si, que me falta folha e alfabeto para escrever. Eu te amo. Aqui. Na China. Em Bali. Amo-te nos lugares mais improváveis que há, porque você sou eu pela metade, é meu doce encanto, meu azul, minha esperança. Eu nasci pra ti, e vivo por ti. Em fim lhe escrevo, porque tu és o que costumo chamar de vida.

Eu acredito na força do destino por algumas horas. Acho improvável encontrar esse texto em vão em um dia como este.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sobre biscoitos


Ao provar durante dois dias seguidos diferentes tipos de biscoitos, finalmente posso escrever esse texto com dados confirmados pelo meu paladar.
Pra começo de conversa peguei os biscoitinhos mais lindos, perfeitos, maravilhosos, com aquela ‘cara’ de dar água na boca, em fim, o biscoito mais vendido, mas desejado por todo mundo. Comi uns dois desse, porém logo no terceiro eu comecei a sentir um gosto enjoativo que me faz desistir dele e de todo o pacote.
Na tarde deste mesmo dia provei outra modalidade, os conhecidos popularmente como ‘água e sal’. Comi o pacote inteiro, e descobri que não me matava a fome.
Cansada de comer tanto biscoito- para escrever somente um texto- eu resolvi deixar o resto para outro dia...
24/06/2008- 7h25min. Provei os biscoitinhos caseiros que a minha mãe costuma comprar toda sexta-feira. Eram feios, tortos, e não tinha pacote. Por incrível que pareça, foram os melhores que havia provado. O ingrediente que eu pude sentir não foi com o paladar, mas com a alma. Eu sentia trabalho honesto e uma sensação de muito amor.
Tudo isso pode parecer coisa de loco – e é; mas é a mais pura realidade! A moral da história, é que os biscoitinhos mais lindos nos dão prazer momentâneo, e depois se perdem em meio aos clichês. Os biscoitos ‘água e sal’, são saudáveis, mas não sustentam o que precisamos por necessidade humana. Já os biscoitinhos caseiros, apesar de feios, tortos e imperfeitos em sua estética são os que mais saciam os nossos desejos, a nossa fome e sempre deixa com gostinho de ‘quero - mais’.
UM APELO, UM APELO! Guardar biscoitos no bolso vai ocasionar um desperdício enorme, pois certamente vai apodrecer logo. Mas já que insiste, cuide bem do seu, só preste atenção na qualidade do recheio! ;)

domingo, 15 de junho de 2008

C.F.A.

"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"
Palavras de Caio Fernando= A tradução do que sou eu!

sábado, 14 de junho de 2008

Das insanidades

E da minha sanidade restou apenas um gostinho de leve daqueles chás da madrugada.
Do meu Q.I. não resta nada, na verdade.
Das minhas leituras apenas a saudade de cada personagem que me identifiquei.
Essa vida é mesmo insana, tanto quanto as coisas que falo, re-falo, insisto! Eu não posso ser clara em uma explicação, as ocorrências do último outubro definiram claramente o ritmo da canção que me embalaria até os dias de hoje. Pode parecer um tanto cômico, mas eu sinto curiosidade em saber se a obra da minha vida é uma conquista própria, ou uma mera coincidência ocasionada pela estrada.
Eu sempre fui muito preocupada com esses negócios de diferença, mas a única coisa que conquistei foi exatamente o que chamamos de indiferença. Sei lá, tenho achado essas coisas de pecados meio relativas, seria um efeito do meu mal. Mas sabe, ninguém tem controle totalmente de si e muito menos alguém que tanto diz da suas loucuras, tormentos. E digo mais, é muito bom não ser perfeita - divinamente perfeita. Afinal, ninguém inveja a imperfeição.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Cedo ou Tarde?"

Digamos que esses fatos infindos são os que mais ferem! Ferem a alma e o resultado: Saudade!
Não digo saudade de alguém, digo saudade de tempos. Saudade de viver um momento de plenitude e paz, de decisões claras...
Não dever nada. Absolutamente nada pra ninguém.
Já são 808 dias carregando essa bagagem. E não haja quem saiba desse peso como eu.
Pode até parecer que eu perdi a fé, que eu sinto inveja e que quero causar ódio pelas minhas atitudes. Mas não! O que eu quero é viver esse sonho de ti, esse polêmico sonho de ti...
Desculpe-me se falo o que não devo, ou se jogo essa coisa de sentimento em um texto que não deveria ter sentindo- como este- mas é a única forma que eu encontro de deixar um pouco pra trás o que igualmente não deveria existir.
O ‘q’, é o que fazer a partir daqui?
Ignorar?Largar mão do discernimento e correr atrás da minha felicidade?
Ou simplesmente continuar com essa farsa?
Sinceramente, eu não sei!
Eu deveria pensar pela lógica e ir atrás daquilo que quero. Esquecer dos outros, dos problemas e me jogar na idéia de que a vida é curta, mas a espera é longa. E em algum desses dias que virão eu vou me arrepender de não ter arriscado!
Let it be! Se for pra acontecer, “que seja doce”...

“... Você me faz querer viver e o que é nosso está guardado em mim, e em você. E apenas isso basta...”.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sonhos Perdidos

Todos os dias eu volto pra esse ‘lugar’, me sinto agora como uma árvore no outono perdendo a cor. Perdendo tudo aquilo que dava vida pra mim mesma. Falo isso, porque o que me ocorre agora é estar jogando ao vento meu maior desejo de felicidade.
Essa vida é mesmo bandida, mas muito mais do que ela foi as minhas escolhas, que me trouxeram pra esse inferno astral e pra essa falta de realização.
Incrível como o meio interfere no meu coração... Tantas são as coisas que eu deixo de fazer por medo do julgamento, ou por saber distinguir o certo do errado.
Errado, é eu ter esse desejo. Essa coisa qualquer, tão forte que pode até me condenar e me deixar no fundo desse precipício que eu estou em frente. Mas - quem sabe, num desses encontros – a vida poça me presentear, até mesmo me trazer de novo essa coisa de sonhar.
Já me condenei tanto, por ter isso dentro do coração, mas ao mesmo tempo eu me perdôo por acreditar que eu não mando nesses negócios de sentimento (tormento). Que tudo não passa de um jogo de sorte ou azar que o caminho nos coloca pra ver até onde vai nosso discernimento.
Confesso que é essa palavra que me trás tanta angústia. Causa dela que eu largo tudo, jogo as esperanças e me conformo com as lembranças. Não quero essa loucura me acompanhando, eu sei que te preciso - Meu sonho perdido – Mas tudo se ajeita, ou a gente se encontra num futuro distante, ou o coração se obriga, e aceita!