domingo, 28 de dezembro de 2008

Recepção


Já como adeus ao flowout 2008, e como um suposto clamor de recepção ao flowout 2009 proponho uma retrospectiva classificada dos fatos que me impulsionaram a escrever os textos publicados, assim como os não-publicados, mas que de certa forma consta, como um diário, todos meus devaneios no decorrer do ano.

De cara, relembro a tragédia com Isabella Nardoni, fato que me provou que existem humanos tão desumanos quanto a enchente recém ocorrida no estado de SC. Também posso recordar as MUITAS horas de agonia assistindo ao seqüestro de Eloá, que desembocou na aparição de vários crimes cometidos pelo pai da mesma. Lei-de-tudo-que-vai-volta. INFELIZMENTE (nesse caso).

Não posso deixar de citar a crise americana, que ainda é a assombração de nós terráqueos. Por falar em assombração americana, dou festa ao dizer que George W. Bush sairá do poder em menos de uma semana, passando o cargo de presidente de uma das maiores economias mundiais para Barack Obama. Isso me faz lembrar a paz, à um passo da concretização, não sendo o novo CD do Latino.

Em um ponto particular, brindo ao show de Madonna no Brasil, este que não estive presente; Ao lançamento de “Circus”, novo Cd da futura-nova-Madonna: Britney Spears. Então, ressurgida das cinzas, mas não menos pomposa.

Brindo também ao sucesso de uma Novela, de fato com N maiúsculo: A Favorita; assim como a um mérito pessoal: vencer um concurso de Cordel a nível nacional, isto que se quer sabia o que era Cordel antes de escrevê-lo. Fui mandada direto a São Paulo, pude sentir o que me espera.

Na minha vida, o que inovou mesmo foi a descoberta de que o amor é químico. (Ao menos isso eu aprendi). Meu amor que os diga. Mas na verdade verdadeira, o que está para inovar é mesmo 2009. Eu inovo, tu inovas, ele inova. Bem Vindo 2009! Que seja doce o teu nascer.

sábado, 27 de dezembro de 2008

"Palavra e som são meus caminhos pra ser livre,
e eu sigo, sim.
Faço o destino com o suor de minha mão.
...
- Sempre é dia de ironia no meu coração.
...
A voz resiste. A fala insiste: você me ouvirá.
A voz resiste. A fala insiste: quem viver verá."

NÃO LEVE FLORES - BELCHIOR

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Desvairada


É bom correr, apesar de que a perfeição rejeita qualquer pressa. Eu, costumo correr. Hoje, por exemplo, acordei exausta, como se não houvesse dormido, afinal, de ontem para hoje corri milhas para manter-me viva.
Esse ato apressa os fatos e é por isso que não há mais tudo completo, nem uma carta, nem um quebra-cabeça.
Quebrei a minha ontem, decidindo o meu futuro. Como corro muito, logo esqueci a idéia, que por sua vez se manteve inacabada. Essa é uma asserção com razão justificável para ter trinta e mais alguns textos sem preciosidade.
Tenho andado incauta com a vida, tresloucada por vezes. Devo ser nefelibata, ou outra coisa inefável.
Hum, está aí, não é que sobrevivo e posso ainda ter uma visão do concretismo. Foi apenas uma efêmera fase de ciclo seco, que nada se sente e nada se passa, mas, eis que estou aqui: suntuosa, como sempre.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cá entre nós


Apaguei a luz, fechei a janela, liguei uma música alta e o abajur sobre um papel. Como se não bastasse a falta de inspiração sou interrompida pelo telefone. Notícia ruim? Bom se fosse.

Sinto nojo dessa lágrima que me corre, pois não passa de um conforto para a piedade que sinto por mim mesma, que fui e já não sou. Há mais de meses desaprendi a escrever.

Ou me engano, ou tudo que escrevi até agora foi inútil. Apenas introdução pra resmungar como uma velha-quase-sem-vida:
EU PRECISO ESCREVER. E repito, até me cansar. EU PRECISO!

Já tentei de tudo. Desespero, ausência, inventar uma história, ser alguém em alguma outra, matar a própria vida, quem sabe. Já tentei Deus, já tentei meditação, candomblé, nada funcionou.

Alguns textos sem fim, histórias feias que não servem para nada, alguns outros lindos demais que me trazem saudade. Eu não sei mais escrever. Eu perdi o dom.

Existe perder o dom?

Verdade doída, eu nunca o tive. Foram apenas flashes de entusiasmos que me levaram pra longe, pro céu, pra heavy Sampa, mas só.
E agora? Pra acabar, o que eu falo? Não há palavra para usar, não sei, nem sou, já fui e, agora, já vou.