sexta-feira, 20 de março de 2009

Então, no momento!


Porque o ciclo não se desfaz um pouco, pra eu deitar na grama e sentir o sol bater no rosto? O vento talvez saiba que palavras são poucas e inexplicáveis perto do sentimento. Mas porque o mundo não gira, esquece os fusos, as horas? O relógio é inútil marcando essa novidade de poder, de jogar fora.

O tempo é besteira, porque correr, fugir pra novas formas de vida é em vão. Na chegada só há lágrimas, pelo menos na minha. Pra ser feliz nessa história é preciso recomeçar, mudar o passado, desfazer o teu sentir.

Eu não sei que dia é hoje, mas é o momento em que o meu sentimento busca qualquer razão, e uma conclusão que feche essa porta que tu deixaste eternamente aberta, permitindo minha entrada, mas nunca a minha permanência.

Você que fez minha vida tão desordem, você que me acostumou com idéia do nunca, e hoje é cedo pra ti, e pra mim já é tão tarde. O meu saber se contorce, se enleia, nessa novidade tua.

O Deus de mim não permite erro, já não pode aceitar o amor resolvido depois de tantos anos contados por um relógio que não sente e nem sabe o sofrer que é estar aqui dentro, no lugarzinho do meu Deus.

E você meu Deus, o que tu queres de mim? Nem tu sabes mais o que é fazer certo por mim, tão desastre, tão analfabeta no saber amar... Justo eu, que nunca pude olhar de perto o que é guardado naqueles olhos insanos e tristonho que está hoje.

Mas eu vou voltar, eu vou ser eu de novo. Eu não preciso sumir e ressurgir, eu vou apenas ser constante, se é que posso.

Veja: você não permite! Você volta depois do sol e nubla meu dia. Ciclo, maldito!