Quanta semelhança. Hoje posso jurar ser a reencarnação do Caio. Sozinha ontem, em meu quarto, esperando aquele escuro inconsciente me tomar por inteira, ouvi suavemente o compasso do relógio no criado-mudo. Ele sussurrava coisas que me fizeram mudar, que acendeu completamente o escuro dos pensamentos incessantes, que aqueceu meus medos, que soprou minhas dúvidas.
Meu relógio me falava de tempo. O conjunto da obra, dos sons, das batidas, aquela canção que eu sempre me impedia de ouvir naquele momento penetrava no profundo dos meus medos. Suponho que ele me pedia desesperadamente uma decisão. Pedia-me pra não deixar o inventado me dominar.
O dragão do Caio se instalou no meu relógio.
O dragão do Caio já conhece o paraíso.
O dragão do Caio, vai me levar pro paraíso.
Estou hospedando um réptil que costuma cuspir fogo quando não faço o certo, ele está morando no meu relógio. Agora sou obrigada a fugir das minhas cargas sentimentais, só posso amar o tempo. O tempo de cada coisa. Mas há tantas coisas vencidas.
Ele coloca fogo em tudo o que está velho, em tudo que não presta mais, em tudo que já deveria ter se ido, não fosse essa detestável mania de razão. Meus dias errôneos se findaram ontem.
Eu hoje tenho um dragão cuspindo fogo no meu coração. Transformando tudo o que é sujo numa canção com um compasso do tempo, me carregando no lombo a caminho do paraíso dos pensamentos.
Caio, dragão, fogo e paraíso. Tempo, amor e razão!
Meu relógio me falava de tempo. O conjunto da obra, dos sons, das batidas, aquela canção que eu sempre me impedia de ouvir naquele momento penetrava no profundo dos meus medos. Suponho que ele me pedia desesperadamente uma decisão. Pedia-me pra não deixar o inventado me dominar.
O dragão do Caio se instalou no meu relógio.
O dragão do Caio já conhece o paraíso.
O dragão do Caio, vai me levar pro paraíso.
Estou hospedando um réptil que costuma cuspir fogo quando não faço o certo, ele está morando no meu relógio. Agora sou obrigada a fugir das minhas cargas sentimentais, só posso amar o tempo. O tempo de cada coisa. Mas há tantas coisas vencidas.
Ele coloca fogo em tudo o que está velho, em tudo que não presta mais, em tudo que já deveria ter se ido, não fosse essa detestável mania de razão. Meus dias errôneos se findaram ontem.
Eu hoje tenho um dragão cuspindo fogo no meu coração. Transformando tudo o que é sujo numa canção com um compasso do tempo, me carregando no lombo a caminho do paraíso dos pensamentos.
Caio, dragão, fogo e paraíso. Tempo, amor e razão!
Ps.: Foto do meu novo e talentosíssimo sócio. Um beijo enorme, EVE!