(Retomando, talvez)
Talvez seja mesmo incompreensível tamanha empolgação para um, aparentemente, simples show. O que aconteceu de fato foi algo mais intenso do que o visível...
Durante toda minha vida até aqui, tive grande dificuldade em me entender, por vezes me julguei errada sem considerar o fator humano que existe em mim, assim como em qualquer pessoa racional. Esse período longo de incompreensão de mim para comigo mesma, foi embalada por duas bandas que hoje resulta no projeto Pouca Vogal.
O curioso nisso tudo é no sentido intrínseco que essa união de bandas trouxe na minha vida.
O Cidadão Quem embalou a melhor fase da minha adolescência, mais precisamente no ano de 2008, quando em um show da banda aconteceram coisas que foram decisivas para trilhar o caminho que me trouxe até aqui. Foi ao som de Boa Noite Cinderela, que todo o processo se desenrolou. Hoje ao ouvir Cidadão, me sinto feliz por saber que foi através das reflexões que as músicas me trouxeram que aprendi a pensar no que realmente importa pra mim. O pouco de maturidade que me resta, veio com elas, o pouco de compreensão, paciência, e persistência, também.
Já Engenheiros do Hawaii esteve presente nos meus piores erros. Nos maiores dilemas e principalmente me levando as lágrimas por me fazer perceber a irracionalidade do que fazia. Ao contrário do que seria óbvio, ao ouvir as canções hoje, não sinto dor nem tristeza, me sinto orgulhosa por ter acreditado nas sábias palavras de Humberto Gessinger, quando nos diz que “somos quem podemos ser”.
Poderia dizer pontualmente quais os trechos e quais as músicas fizeram tornar-me a pessoa que sou, as reflexões que tenho e os valores que carrego, mas isso provavelmente daria um livro (e porquê não?).
Concluindo tudo que já falei, a intensidade do show de ontem a noite, pode ser compreendido, assim como o Projeto Vogal, como uma freada brusca ou melhor, uma sobreposição, fusão, solução... Primeiramente das bandas que me influenciaram a escrever, Engenheiros e Cidadão, e em segundo lugar das duas pessoas distintas que fui: a triste e a feliz. Sobretudo, sobre os erros e acertos, que hoje posso dizer, com certo orgulho de mim mesma, que aprendi a equilibrar. Assim, a minha vida é mais um projeto de Pouca Vogal, a minha vida hoje, continua acompanhando essas duas figuras que tanto influenciaram no que sou.
Por isso, hoje, depois de dois anos sem escrever, decidi retomar o flowout e só posso agradecer a Duca Leindecker e Humberto Gessinger pelas sábias canções que com certeza, não tocam só a mim, mas a uma legião de pensadores.
Um comentário:
Oi amiga, fiquei muito feliz quando vi no twitter que você voltou a escrever. Confesso que fui ler esse e começou a me dar muitas saudades dos teus textos e das tuas sábias palavras. O resultado da minha visita ao twitter foi 40 minutos lendo teus post antigo. Não é só o Duca Leindecker e Humberto Gessinger que tocam com o que escrevem, tu também! Vocês três são demais! Continue escrevendo, mostrando para o mundo o teu dom e talento.
Beijos te amo!
OBS: sabe quando da aquele nó na garganta, aquela saudade?é isso que eu to sentindo, um aperto e uma vontade absurda de te dar um abraço.
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