quarta-feira, 28 de maio de 2008

Vai com Deus, vai em paz.

Carregando a saudade sozinha, olhando pela janela e vendo somente a chuva que começa a passar. O adeus engasgado, e a lembrança remota dos poucos momentos que passei junto a ele. “Minha filhinha, vai lá em casa me cuidar” – “Eu vou sim, Vô”. E agora não há mais tempo para isso. Eu devo ter me atrasado, e esquecido o quão é escasso a vida por aqui. Onde quer que ele esteja eu sei que é melhor do que aqui, mas a saudade de ouvir aquele sotaque alemão vai ser eterna pra quem foi deixado. De herança me restaram o exemplo de honestidade, e o carinho com que sempre dedicava a mim nos raros momentos que lhe permiti. Vai com Deus Vô, vai em paz. Mas vai incompleto. Porque deixaste em mim meia parte de ti. Ich Lebie Dich.

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