Ao retornar, percebi que já não lhes bastavam as palavras e fui colocando a pontuação. Fui puxando o desenho amassado de dentro da mochila, aconselhando-a a seguir o seu caminho:
“Na vida temos duas escolhas, meu bem. Ou o caminho certo, ou o errado, mas isso depende dos olhos quem vê.” - Depressa foi me tirando das mãos a linda imagem do garoto, pegou também um lápis cor-de-boca, com o qual traçou um grande ponto final.
Não bastava mais escrever, era preciso atitude. Por isso observei atentamente o que a moça estava indo fazer.
O mundo todo parou.
Ouviam-se apenas as batidas cardíacas dela, que fazia com que o garoto compusesse uma canção. Ele falava-lhe sobre escolhas, sentimento, sentia igualmente o medo da perda, poderia parar o coração.
“Agora é adeus. Recebe?” – falou ela ao soluçar. E foi assim, que eu despertei. Quando acordei do sonho, eu resolvi mudar: “Agora eu vou escrever, desisti de sonhar’”. Assim, eu contei a todos o sonho que durou dois anos, pura ilusão. Acabei com ele através de uma canção. Como a moça do sonho, agora eu vou pontuar, viver minha vida real e parar então, de apenas sonhar.
"Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia."
quinta-feira, 17 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Recebe?
Andei prestando atenção em um dos filos do Homo-Sapiens, é algo como Homo-Apaixonado. Esse que analisei, mais precisamente, do sexo feminino.
Ela me parecia um tanto confusa, com clareza se via em um momento de desespero. Sua respiração ofegante, não deixava eu me enganar sobre que se tratava de um grande amor que não se findou.
Cabisbaixa, as mãos tremulavam ao bater nos teclados, um lápis e um papel ao lado, onde traçava um rosto conhecido.
Parecia meio sem postura, concluí que fosse pela imensa carga de culpa que trazia. Um misto de amor, com impossibilidade.
Depois de um tempo, olhei no fundo dos olhos e ela lacrimejava, senti-me constrangida ao perguntar o que havia acontecido. Logo mais quem chorava era eu.
Ela olhava fixamente para a tela, o coração pulsava tanto, que parecia ritmar uma canção. Nos seu olhar refletia as seguintes palavras, que pude ler nitidamente: “Eu Te Amo! Recebe?”.
Então, relatou-me desse velho amor. Eu tampava os ouvidos e fechava os olhos. Na verdade eu não queria saber, eu fingia que não era pra mim, porque doendo nela, doía em mim.
Tudo se calou naquele momento. Foi estranho quando olhei para a folha ao lado, e percebi que me eram conhecidos os traços daquela pessoa. Recolhi então o desenho, guardando em uma mochila que levava comigo.
Chegara a hora de eu partir. Olhei para e moça, estendi a mão até ela, lhe dizendo que não era necessário usar a mochila que pulsava pra resolver, a razão que trazia na sua cabeça, bastaria para cessar a dor.
Voltei-me para tela, tentando enxergar, desta vez, o que havia escrito, pude ver apenas: “Recebe?”.
Parti. Abandonei-a ali, com tanto sentimento, que não era meu, mas que mesmo assim me fazia sofrer. Fiquei pensante, com as batidas do coração tão ofegante quanto à da guria que deixara para trás.
Afinal, quem era ela? Sobre o desenho não há dúvidas que é você! Vai reler o texto, ou não vai receber?
Ela me parecia um tanto confusa, com clareza se via em um momento de desespero. Sua respiração ofegante, não deixava eu me enganar sobre que se tratava de um grande amor que não se findou.
Cabisbaixa, as mãos tremulavam ao bater nos teclados, um lápis e um papel ao lado, onde traçava um rosto conhecido.
Parecia meio sem postura, concluí que fosse pela imensa carga de culpa que trazia. Um misto de amor, com impossibilidade.
Depois de um tempo, olhei no fundo dos olhos e ela lacrimejava, senti-me constrangida ao perguntar o que havia acontecido. Logo mais quem chorava era eu.
Ela olhava fixamente para a tela, o coração pulsava tanto, que parecia ritmar uma canção. Nos seu olhar refletia as seguintes palavras, que pude ler nitidamente: “Eu Te Amo! Recebe?”.
Então, relatou-me desse velho amor. Eu tampava os ouvidos e fechava os olhos. Na verdade eu não queria saber, eu fingia que não era pra mim, porque doendo nela, doía em mim.
Tudo se calou naquele momento. Foi estranho quando olhei para a folha ao lado, e percebi que me eram conhecidos os traços daquela pessoa. Recolhi então o desenho, guardando em uma mochila que levava comigo.
Chegara a hora de eu partir. Olhei para e moça, estendi a mão até ela, lhe dizendo que não era necessário usar a mochila que pulsava pra resolver, a razão que trazia na sua cabeça, bastaria para cessar a dor.
Voltei-me para tela, tentando enxergar, desta vez, o que havia escrito, pude ver apenas: “Recebe?”.
Parti. Abandonei-a ali, com tanto sentimento, que não era meu, mas que mesmo assim me fazia sofrer. Fiquei pensante, com as batidas do coração tão ofegante quanto à da guria que deixara para trás.
Afinal, quem era ela? Sobre o desenho não há dúvidas que é você! Vai reler o texto, ou não vai receber?
terça-feira, 1 de abril de 2008
Azul Cor-do-Céu
E eu te falei do meu medo. Eu tinha pegado na tua mão com tanta insegurança, como se tudo aquilo fosse errado. Como se de repente as coisas saíssem dos seus lugares, revertessem seus papeis. Mas eu nunca neguei. Eu nunca neguei de que você é tão azul, como as cores do teu olho, visto de tão perto. Como mutantes, nós mudamos nossos destinos juntos. Você tocou na minha mão, me fazendo girar. Em tantas cores, que jamais havia visto. Eu falava de muito, de muito tempo, de tantas horas, e você me olhava. Inundava-me com teu mar. Então eu olhei pra trás, e nós tínhamos ficado estáticos naquele momento, pra que aquilo fosse pra sempre. Sem dizer nada, mas expressando em muito todas as coisas que passava pela nossa rua. Eu olhava para as luzes dos carros, e você me olhava com luzes no olhar. Naquele dia, o sol nasceu mais tarde, pra que eu não despertasse do sonho. E então pelo reflexo do espelho eu pude ver o ritmo com que minhas pálpebras piscavam, e se ascendiam diante da radiante felicidade com que as batidas do meu coração estavam sintonizadas. Em segundos, olhei-me de novo e pude lembrar dos momentos que doloridamente caiam lágrimas dos olhos- não dos meus, mas sim do meu reflexo no espelho. Transparecia em mim as dores que estavam se indo, e levando consigo todas as minhas palavras.
Agora não há nada, além de um coração que bate, e de um Q.I. frustrado. Você me deixou tão azul que eu prometo estar ao seu lado. Você será pra sempre o meu céu, e eu serei sempre teu sol. Nós iremos arriscar. Você me ganhou. Por que aquele dia tão triste, aquelas noites tão frias, simplesmente acabou.
“Que seja doce.”
Agora não há nada, além de um coração que bate, e de um Q.I. frustrado. Você me deixou tão azul que eu prometo estar ao seu lado. Você será pra sempre o meu céu, e eu serei sempre teu sol. Nós iremos arriscar. Você me ganhou. Por que aquele dia tão triste, aquelas noites tão frias, simplesmente acabou.
“Que seja doce.”
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