quinta-feira, 8 de abril de 2010

Já fomos



Para ouvir ao som de Pra você guardei o amor - Nando Reis

Nunca pensei que sentiria dor de perda semelhante a essa. É uma pena eu não poder ser clara, mas esses amores que vão surgindo lentamente são como borrachas que apagam o pequeno rabisco que me tornei durante esses anos. Você nem sabe do que se trata. Isso são apenas pensamentos aleatórios que me vem a cabeça quando lembro da cena do último final de semana.
E na tua? O que se passa na tua cabeça? Andas dizendo que nunca se apaixonou. Não acho consolo, nem explicação. Então, esse amor que acolhi aqui dentro, como uma flor delicada, não passou de enganação? Guardei sem motivo algum, em vão. E esse é o meu jeito, esse é o jeito que eu tenho de mostrar pra ti todos as conclusões que tiro através da tua frieza, dessa tua eterna infância. Essa tua falta de seriedade…
Engraçado, pense comigo, porque o céu já não está mais tão furtacor? Não sei se é o efeito de tantos prédios que me rodeiam nessa cidade estranha ou se é o sinal de que tudo perdeu cor pra nós dois. Nós dois quem? Fomos um dia, algo como… completos. E o gelo foi queimando de vagar o compasso da minha pulsaçao, foi me deixando tão longe, tão distante de todas as linhas e parágrafos da história que construimos (que construí).
Sigo comumente, sem querer voltar. Pronta pra um recomeço ou um simplesmente: tentar!

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