segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Novilúnio


E é exatamente nessas horas que eu amo as flores. Puras em si. Quando solitárias brilham mais, é como se o sol focasse todo o seu brilho em uma única vida. Flores são divindades. Por algumas vezes, relíquias de um amor antigo, de um beijo que se perdeu na imensidão do calendário.

Agora, eu não sou flor. Por vezes me sinto. Logo em seguida, caio em uma rede de asas e me vejo impura. Não sou flor, mas há algo que me ilumina. Uma lágrima divina, um arco-íris solitário na sombra de um sorriso amarelo que um dia tu deixaste.

Meu romance é primavera, que separa dois tempos: um que foi e outro que vem. O momento que nasço, é o momento que me calo, quando essa vontade de jogar fora me mata um pouco mais.

Eu não sou flor, mas queria ser.
Flor quando morre volta mais linda e não esquece seu papel de embelezar. Eu quando morro, volto chorando e sempre esqueço o meu papel de soletrar...
qualquer coisa. Sobre flor!
Não saberia mais escrever, se não fosse o teu amor!

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