"Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia."
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
AMANHÃ!
- Até hoje, qual foi o dia mais feliz da sua vida?
Sinceramente, não esperava tal pergunta, considerando que esta veio de uma criança de nove anos. A vida dela não é nada idealizada e a minha - talvez seja.
- Hum... foi hoje! ( mentira) E amanhã eu vou dizer a mesma coisa.
- Ah, então todo dia vai ter que ser 21 de setembro. – e sorriu inocente.
Naquele piscar de olhos minha cabeça já tinha dado nó. E pra ajudar, ela ainda me conta que o dia mais feliz da vida dela foi quando ela escreveu a sua primeira história. E mais: a próxima história se chamará “Suspeitos”.
Vai dizer, suspeitos somos nós que vivemos alienados nessa vida sem sonhos, descontentes do hoje, a mercê do destino. Felizes são aqueles que têm a grandeza dos olhos de uma criança, que escreve suas histórias, formula suas perguntas e que sabe de quem suspeitar.
Eu, particularmente, suspeito da minha fraqueza, que de repente se tornará fonte - se tornará porto. E suspeito, finalmente, que amanhã vou dizer ser o dia mais feliz da minha vida.
Amanhã, voltarei a ser criança e escreverei minhas próprias histórias. Surpreendentemente lindas.
sábado, 5 de setembro de 2009
Tente mais tarde (ou deixe recado)
Alô? Alguém pode me ouvir? Juro que não me estenderei por mais de 5 minutos...
Ah, oi! Que bom, Tu estás aí. O que eu queria Lhe falar começa assim:
Minha vida tem desabado, e nem pilares maciços de 22 quilates à lá Burj tem suportado minha estrutura. Não, não estou chorando, nem nada. Só estou pensando sem rumo e precisava dividir com alguém o meu processo mental. Sabe, tenho visto a vida como uma folha de outono, que seca, fica sem cor, de repente se desfaz e o vento leva pra longe cada pedacinho do que vivenciei. As coisas estão chegando ao fim, mas eu continuo ótima, e incomodando pra caralho (com o perdão da palavra). O fim está para o começo assim como eu estou para a vida.
E a minha vida nem começou, é apenas um ensaio, não é? Aqueles ensaios em que você se autocrítica o tempo todo, e consegue enxergar os erros fácim. Pois é, eu sei que Tu já não estás entendo da missa a metade. E se quer saber, nem eu tenho entendido mais. Fico pensando na minha covardia diante da beleza desse mundo florido, fico pensando na minha preguiça pra recomeçar, fico pensando se devo dizer ‘amém’ ou ‘que assim seja’ pra terminar essa conversa. Bom, pode ser que diga ‘amém’ para terminar minha agonia. E olha, agosto já passou...
Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens e estará sujeito a cobranças após o sinal.
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