Eu tenho forçado tudo dentro de mim. Eu quero viver uma coisa que não é minha. Essa brisa que me leva pra uma vida normal, chegou em má hora. Minha poesia está indo embora. Não falo mais nada, não há nada de inútil em mim pra eu jogar em um texto.
Eu preciso escrever. Por que eu não sou uma gaveta: que mexem, remexem, tiram coisas, desorganizam. A paixão faz isso com a gente, e a única coisa que me dizem é – “Deixa acontecer!” –alguém me fala, por favor: “É, teu QI ta baixando, meu bem!”? Triste falta de QI a minha.
Eu sempre mandei em mim, e eu posso fazer isso. “Destruir antes que cresça”. Mas não é aí que eu quero chegar, só quero mudar o meu papel nessa história: da gaveta, para a faxineira.
Faxineira, para manter a ordem dos fatores, respectivamente: razão e amor. Dobrei na esquina errada, peguei o ônibus trocado. Sinto saudade da velha guria, das suas inspirações, de seus amores fictícios. Puxa vida! É triste viver uma realidade, eu preferia uma inventada. Um conto de fadas qualquer, algo na minha idéia de perfeição. Queria meus sonhos, não a ação!
Que meu sol continue a brilhar, ao menos isso. Que ele não ande em círculos, como eu, esqueça do Japão e permaneça estático aqui. Pra que eu siga nessa idéia louca de viver toda pra dentro: dormindo ou sonhando todo o tempo.
tuane ;9 diz: Ta com medo de amar, é? (8)
(...)
Um comentário:
Como sempre ótimos seus textos Jé! Eles me ajudam muito as vezes... hehehe :P
Te adoro de mais :)
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