"- Fiz algo errado? - indagou-lhe impaciente.
Não soube se o tempo ou a resposta foi lenta.
- A gente não podia mais nos falar...
- Fizeste o que eu deveria ter feito.
O coração saíra pela boca, pois se não saísse, em seu lugar sairia isso:
- Abri a porta pra você, te dei as duas mãos quando tu estavas triste. Tu deitaste no meu sofá, tu és ingrato! Me falaste que o que é nosso está guardado em mim, saibas que sentimento não se guarda, se vive! Pra mim, cedo ou tarde é sinônimo de nunca, e você, agora, é sinônimo de nada!"